domingo, 23 de setembro de 2007

Os antônimos se completam

Não venho, por meio deste, tentar ratificar os antigos preceitos da terceira teoria de Newton; pois nenhuma maçã, até agora caiu-me à cabeça.
Porém, sendo tão casuística quanto ele, observo os fatos reais que me esbofeteiam a face.
E a tal maçã? Bem, podemos incluí-la em algum momento desta passagem.

Digo, pois, meus caros, que os opostos se atraem. Mais além, eles se completam.
Não sentiríamos tamanha felicidade na liberdade se não fosse o temor da restrição. E as situações são concretas, ora pois.
Para dar um exemplo bem banal utilizo-me do bandido. Teoriacamente ele extrapola em seu poder libertário de fazer tudo o que lhe vier na telha e rouba coisas alheias. Resultado: prisão, fim da liberdade usufruída.

Mas saiamos do mundo teórico.

O amor. Algo intermediário.
Paradoxos camonianos bem aceitos nessa questão.
Mais além que dor sem se sentir, pensemos na flor - a primitiva demonstração de romance.
Enquanto não queremos ao mesmo compasso que queremos, as pétalas vão se desfazendo, deixando, por conseguinte a lágrima.
Sim, formalmente uma flor é repleta de lágrimas [observe sua forma]. Enquanto não gastamos nenhuma delas, não sofremos, ao passo que basta um querer não mais que bem querer resultar em uma única singeleza, nos aflingimos em sofrimento.

Bem, lembram da maçã?
Não a enxergo como o 'fruto suculento que originou o pecado da carne'.
Pelo contrário. A maçã é a maturação da flor. É a abstinência sentimental. É a frivolidade natural.
Com seu tom originário [afinal o mundo se procriou graças a ela (sic)], ela encerra os sentimentos na caída.


Se estamos gravitacionalmente presos ao solo no campo consciente, é ao subconsciente que cabe a flutuação imaginária.

E vamos às maçãs- do-amor!

4 comentários:

Ricardo Cardoso de Lima e Silva disse...

faz pensar

Monique disse...

"Não sentiríamos tamanha felicidade na liberdade se não fosse o temor da restrição."

Carácolissssss
Maravilhoso, tomara que eu tenha dado um empurrãozinho de leve na minha sagaz luta pela escrita de Mariana.

Pow lindona mnadou muito bem , essa frase vai p/ fotolog certezaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


Temos que espalhar boas citações poxa vida .

Beijos querida .

Pedro Nurmi disse...

Texto ondulante. Característica que percebo no seus textos de quando em vez: mas não sempre.

Esse tipo de ondulação meio que nos faz ser carregado pela retórica sem tentar enxergar o fim. Ainda bem que não, porque cairíamos certamente em erro... ou em vertigem?

Mimimi disse...

E que uma dessas frutas tão bem descritas que trazem o amor, caia na minha cabeça mais uma vez ^^
beijos Mary!!